Estilo Possível #3: Muódas no Coachella 2023

Coisas que vi e vivi por lá

Oi! Bem-vindos todos que chegaram aqui depois do último Wanda. Eu não esperava tanta gente, se soubesse teria arrumado a casa. Mas fiquem a vontade!

Como alguns de vocês devem ter visto pelo Instagram (se não viu, me segue lá!), no último final de semana eu fui para o Coachella. Foram 4 e meio dias na California, o que definitivamente não é o bastante pra descansar, mas é o suficiente pra ferrar com todo nosso fuso horário. Então, tô aqui ainda meio zureta fingindo que tá tudo normal.

Essa foi minha segunda vez no festival. Eu já tinha ido em 2010, quando as atrações levemente mais indies do que hoje. Lembro que teve o Jay-z, que era o cara mais conhecido do line up, Faith No More e Muse, que tava enorme na época… mas de resto eram umas bandas que ninguém nem fala mais, tipo Camera Obscura e MGMT.

O momento mais marcante dessa minha primeira vez no festival foi quando fui assistir o show do The XX e a Beyoncé e o Jay-z sentaram na minha frente, naquele vãozinho entre a grade e o palco. Claro que perdi tudo, inclusive o show, e fiquei tentando fazer mil fotos deles ali (pensa que isso era com uma câmera super trambolha, pq não tinha celular que tirasse foto boa na época).

A Bey toda bohozinha, de tiara, bem garota Coachella 2010:

Aliás, Beyoncé virou uma chave pra todas as apresentações. A impressão que eu tive nessa edição atual é que agora todo mundo que fazer o maior e melhor show do festival. Beychella ainda trouxe o maravilhoso advento de ter sempre headliners pop por lá: esse ano as principais atrações eram Bad Bunny, Black Pink, Rosalia, Frank Ocean e Gorillaz (meu show preferido!), que curiosamente também tava lá em 2010.

O show do Bad Bunny foi logo no primeiro dia e ele, apesar de estar claramente nervoso, fez um showzão. Representou os latino americanos falando tudo em espanhol, comprou briga com Harry Styles e trouxe o Post Malone pra cantar junto. Tudo isso vestindo um look sob medida da marca californiana ERL, com uma estampa que imitava um patchwork (que, vale dizer, provavelmente vai voltar a ser usado, por causa desse momento).

No sábado, foi dia de assistir Black Pink. Confesso que é um show que eu jamais ia considerar ver se fosse fora de um festival. Apesar de reconhecer que é tudo muito bem feito, etc, Kpop não é muito a minha praia e acabo achando os cantores meio robozinhos. Mas como já tava lá e nesse horário não tinha uma atração definida na agenda, parei pra ver e achei 100% um desfile de moda.

Um desfile que infelizmente era da Dolce & Gabanna? Era. Mas ainda assim, Lisa, Jennie, Rosé e Jisoo serviram muito.

Aliás, vi muita gente por lá usando essas peças com tecidos drapeados e babados soltos na cintura, no decote ou nas mangas. A Rosalia também escolheu essa tendência, que nela veio em forma de um vestido super romântico, meio capa, meio camisola que ela mesma criou em parceria com a Acne Studios.

No mais, muita gente vestindo saias plissadas curtíssimas a lá Miu Miu, conjuntinhos jeans, botas cowboy (um clássico do Coachella) e o mais comum por lá: um mix total de referências e tendências. Quando mostrei os vídeos nos stories, muita gente comparou os looks do pessoal no festival ao que a Portia usava em White Lotus. Tudo ao mesmo tempo agora, referência em cima de referência, ironia em cima de ironia, caos sobre caos…

Talvez pra mostrar que o legal mesmo é ter fluidez em todos os sentidos da vida e não se apegar a nada? Ou quem sabe essa seja uma maneira da geração Z dizer “ei, eu não me importo com nada" como (olha só!) fazia o pessoal nos anos 70?

Eu sei lá, não tenho resposta definitiva pra nada, só sei que abracei o caos e vivi muito nesse Coachella. Pra quem quiser assistir os vídeos e mais impressões sobre o festival, tá tudo salvo nos destaques dos stories lá do Instagram.