Esse ano tive a oportunidade de ir pela primeira vez para o South By Southwest (SXSW), um dos maiores festivais de interatividade do mundo, que acontece todos os ano em Austin, no Texas.
Eu acho que é só trazer, que nem nesse texto. Acho que ler e falar mais disso pode despertar mais todo mundo pra entender o que é estilo pessoal e o que são as tendências passageiras.
O mercado de influencers existiria se houvesse só papo sobre estilo próprio? como seria esse mundo distópico onde as pessoas não ficam correndo atrás do último grito da moda?
É uma ótima pergunta! Acho que nem a moda como a gente conhece hoje existiria dessa forma. Eu adoraria que a gente pudesse começar a construir uma nova perspectiva sobre esse tema das tendências
É muito louco isso. Fui pra Barcelona com "apenas" uma mala de mão. Meu filho mora lá, então tinha a facilidade de lavar roupas. POis bem, fiquei um mês de boa com minha malinha economica e tal. Deu super certo. Ao voltar e me deparar com um armário lotado de roupas fiquei em choque. Gente, sobrevivi um mês com poucas roupas e agora me pergunto, pra que tudo isso de roupa no armário, vária bolsas e diversos tênis. Dai falei: Vou diminuir muito esse armário. Porém, não consegui manter minha posição por muito tempo, fui fraca e cai nas propagandas e influenciada pelas redes sociais voltei a comprar coisas por impulso. Porque é tão dificil a gente mudar a forma de consumir? Ou seria só eu que tenho essa dificuldade? Hoje diminui um pouco o consumo mas ainda está longe de ser o ideal. E já comprei até influenciada por você, por sinal uma anel lindo de uma loja se semi jóias, rsrsrsrsrs...
Não é só você que tem essa dificuldade. Muita gente tem porque somos condicionados a isso. E também não acho que de uma hora pra outra todo mundo vai parar de comprar, ou comprar só o essencial. Mas acho super importante falar disso pra tentar entender se é uma vontade genuína, algo que vai fazer parte do seu estilo e do seu dia a dia ou se é algo pra comprar e nunca usar
Marina, adorei essa newslettter falando sobre os cores e as urgencias do mercado de moda em fazer com que as pessoas consumam essas microtendencias, mas vejo uma problemática aí. Eu como consumidora, estou com dificuldades em manter o meu próprio estilo, porque estou sempre bombardeada pela mídia em todos os lugares e canais de acesso a internet que entro ou participo. e eu vejo o quão difícil é voce manter firme no seu armário sem precisar comprar novas peças. Concordo com o que disse quando explica que comprar roupas está sendo uma experiência existencial. Porque eu fico com a mea-culpa sobre a questão da sustentabilidade. Está no nosso nariz o quanto a indústria da moda polui e o quanto esse tipo de sistema econômico de consumo euro-centrista que vivemos é viciante e faz com que voce consuma sempre mais e ajude a destruir mais o mundo. Mas as empresas com esse discurso são as mesmas que também tem arrastam roupas novas todo o tempo. Eu preciso fazer um ritual e um esforço hercúleo para me lembrar todos os dias de usar o que eu tenho no meu armário sem precisar comprar peças novas e tentar nao usá-las de forma descartável. Eu agradeço por elucidar esses pontos e por reforçar o quanto é importante saber comprar com inteligência para sermos sustentáveis repetindo as nossas peças. Ainda eu fico na minha luta diária de nao comprar qualquer nova peça sem que eu tenha a certeza absoluta que ela vai ser util em minha vida...obrigada e sucesso em sua newsletter!!!
É bastante dicotômico porque ao mesmo tempo que leio uma série de notícias dizendo que as gerações mais novas são/serão mais preocupadas com a questão ambiental, são essas gerações que mais consomem TikTok e vão na onda do fast fashion. Talvez porque a indústria da moda ainda não é tão popularmente tachada como poluente se comparada a outras, como de embalagens, por exemplo? Ou porque as pessoas, inconscientemente, não querem que ela seja porque a consciência fica tranquila e dá pra continuar comprando lookinho novo pagando pouco? Eu mesmo entro nesse dilema quando compro em lojas de departamento (que pra muitos é o que dá pra pagar), mas tento sempre dar um check na etiqueta pra saber o país de origem da peça. Se for produção nacional a consciência já fica minimamente mais tranquila....
A pergunta que não quer calar: como trazer o papo sobre estilo próprio e sustentabilidade para plataformas que incentivam consumo rápido?
Sigo quebrando a cabeça por aqui também!
Eu acho que é só trazer, que nem nesse texto. Acho que ler e falar mais disso pode despertar mais todo mundo pra entender o que é estilo pessoal e o que são as tendências passageiras.
Marina, uma provocação:
O mercado de influencers existiria se houvesse só papo sobre estilo próprio? como seria esse mundo distópico onde as pessoas não ficam correndo atrás do último grito da moda?
É uma ótima pergunta! Acho que nem a moda como a gente conhece hoje existiria dessa forma. Eu adoraria que a gente pudesse começar a construir uma nova perspectiva sobre esse tema das tendências
É muito louco isso. Fui pra Barcelona com "apenas" uma mala de mão. Meu filho mora lá, então tinha a facilidade de lavar roupas. POis bem, fiquei um mês de boa com minha malinha economica e tal. Deu super certo. Ao voltar e me deparar com um armário lotado de roupas fiquei em choque. Gente, sobrevivi um mês com poucas roupas e agora me pergunto, pra que tudo isso de roupa no armário, vária bolsas e diversos tênis. Dai falei: Vou diminuir muito esse armário. Porém, não consegui manter minha posição por muito tempo, fui fraca e cai nas propagandas e influenciada pelas redes sociais voltei a comprar coisas por impulso. Porque é tão dificil a gente mudar a forma de consumir? Ou seria só eu que tenho essa dificuldade? Hoje diminui um pouco o consumo mas ainda está longe de ser o ideal. E já comprei até influenciada por você, por sinal uma anel lindo de uma loja se semi jóias, rsrsrsrsrs...
Não é só você que tem essa dificuldade. Muita gente tem porque somos condicionados a isso. E também não acho que de uma hora pra outra todo mundo vai parar de comprar, ou comprar só o essencial. Mas acho super importante falar disso pra tentar entender se é uma vontade genuína, algo que vai fazer parte do seu estilo e do seu dia a dia ou se é algo pra comprar e nunca usar
Marina, adorei essa newslettter falando sobre os cores e as urgencias do mercado de moda em fazer com que as pessoas consumam essas microtendencias, mas vejo uma problemática aí. Eu como consumidora, estou com dificuldades em manter o meu próprio estilo, porque estou sempre bombardeada pela mídia em todos os lugares e canais de acesso a internet que entro ou participo. e eu vejo o quão difícil é voce manter firme no seu armário sem precisar comprar novas peças. Concordo com o que disse quando explica que comprar roupas está sendo uma experiência existencial. Porque eu fico com a mea-culpa sobre a questão da sustentabilidade. Está no nosso nariz o quanto a indústria da moda polui e o quanto esse tipo de sistema econômico de consumo euro-centrista que vivemos é viciante e faz com que voce consuma sempre mais e ajude a destruir mais o mundo. Mas as empresas com esse discurso são as mesmas que também tem arrastam roupas novas todo o tempo. Eu preciso fazer um ritual e um esforço hercúleo para me lembrar todos os dias de usar o que eu tenho no meu armário sem precisar comprar peças novas e tentar nao usá-las de forma descartável. Eu agradeço por elucidar esses pontos e por reforçar o quanto é importante saber comprar com inteligência para sermos sustentáveis repetindo as nossas peças. Ainda eu fico na minha luta diária de nao comprar qualquer nova peça sem que eu tenha a certeza absoluta que ela vai ser util em minha vida...obrigada e sucesso em sua newsletter!!!
É bastante dicotômico porque ao mesmo tempo que leio uma série de notícias dizendo que as gerações mais novas são/serão mais preocupadas com a questão ambiental, são essas gerações que mais consomem TikTok e vão na onda do fast fashion. Talvez porque a indústria da moda ainda não é tão popularmente tachada como poluente se comparada a outras, como de embalagens, por exemplo? Ou porque as pessoas, inconscientemente, não querem que ela seja porque a consciência fica tranquila e dá pra continuar comprando lookinho novo pagando pouco? Eu mesmo entro nesse dilema quando compro em lojas de departamento (que pra muitos é o que dá pra pagar), mas tento sempre dar um check na etiqueta pra saber o país de origem da peça. Se for produção nacional a consciência já fica minimamente mais tranquila....